Mortes levam medo à Baía de Guanabara
Excelente reportagem do jornal Estadão sobre os pescadores da Associação Homens do Mar (AHOMAR) que vivem em constante ameaça de grupos armados FELIPE WERNECK / RIO - O Estado de S.Paulo "Eu já sei que vou morrer. Sou a bola da vez. Mas não quero ir embora daqui", disse o pescador Alexandre Anderson na sede da Associação Homens do Mar (Ahomar), uma casa simples construída na areia da Praia de Mauá, em Magé, no extremo norte da Baía de Guanabara. Ele preside o grupo que teve dois líderes assassinados há duas semanas. Outros dois tinham sido mortos em 2009 e 2010, crimes ainda não esclarecidos pela Polícia Civil. Enquanto Anderson conversa com o repórter, dois PMs ficam à espreita do lado de fora. O pescador e ativista ambiental vive sob escolta permanente desde setembro de 2010. Ele foi incluído no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PPDDH). Mas não se sente protegido. "Recebo ameaças até pelo rádio da polícia", afirmou. Segundo Ander