Rio +20: linha do tempo sobre a história de outras conferências
O evento será realizado nos dias 20, 21 e 22 de Junho de 2012, tendo como principal tema a ser debatida a “economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, enfatizando as relações políticas e econômicas que acabam por impactar o meio ambiente. Uma de suas principais discussões é a tentativa de estabelecer um diálogo entre a questão ambiental e a questão econômica, transformando-o em efetivas ações para o desenvolvimento da atual sociedade sem comprometer o progresso de gerações futuras.
É importante retratar as divergências presentes no debate principal da Conferência das Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento Sustentável, que se resume principalmente ao conceito de economia verde. Alguns ambientalistas e estudiosos defendem a idéia de que a Rio + 20 busca convencer o mercado global sobre as oportunidades de lucro que podem obtidos ao se investir no meio ambiente, atribuindo através deste discurso um valor de mercado à natureza.
Um movimento de grande representatividade que questiona alguns dos pontos debatidos pelo RIO + 20 é a Cúpula dos Povos, que ocorrerá entre os dias 15 e 23 de Junho no estado do Rio de Janeiro, onde serão discutidas as medidas necessárias para se alcançar circunstâncias mais justas nos campos de ações socioambientais.
O que a Rio + 20 propõe é a mercantilização de todas as dimensões da vida, pontuando que não há outro modo de se relacionar com a natureza que não seja o mercado, dando continuidade á lógica destrutiva do capital que vorazmente se apropria dos recursos naturais, e empreende violentas expropriações a diversas populações. O exemplo mais real desta lógica é a conturbada implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte na região Xingu no estado do Pará, que tem chamado à atenção de diversos movimentos sociais devido aos efeitos gerados no seu processo de construção e futuro funcionamento.
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